Hipnose para Síndrome do Pânico
A ansiedade é uma reação normal de antecipação do perigo ou de uma situação desagradável. Essa reação evoluiu com o homem e permitiu à espécie sobreviver e se perpetuar. Contudo, quando ocorre fora de contexto, a ansiedade torna-se patológica. Uma dessas formas patológicas é a síndrome do pânico.
A síndrome do pânico e seus sintomas
Os sintomas da síndrome do pânico são similares aos da ansiedade normal, porém, muito mais intensos e surgem sem causa aparente. Ao todo são descritos 28 sintomas. Os mais comuns são boca seca, tremores, sudorese, taquicardia e falta de ar, pressão e dor no peito, tonturas, confusão mental e sensação de morte.
Outros sintomas não tão frequentes, mas considerados relevantes, são dormência ou formigamento dos membros, dificuldade de ouvir, queimação por toda a pele, náusea e desconforto no estômago, sensação de precisar ir ao banheiro, dificuldade de pensar, de ficar em pé e despersonalização.
As crises atingem seu pico em cerca de 10 minutos e podem durar até uma hora. Não foram determinadas as possíveis causas, mas é certo que a lembrança de uma crise anterior pode se tornar um gatilho.
A evolução da síndrome e suas complicações
Ter uma crise de pânico não quer dizer que a pessoa tenha a síndrome. Esta se caracteriza pela repetição das crises e por sua intensidade. Se depois da primeira crise passam a ocorrer outras – de duas a quatro por semana – é importante procurar um médico.
Muitas vezes o indivíduo relaciona essas crises a sintomas de outras causas físicas. Em alguns casos, passa por vários médicos, principalmente durante as crises, que são confundidas com ataques cardíacos, sem obter o diagnóstico correto.
No entanto, como os exames se sucedem descartando outras doenças como a causa desses sintomas, muitas vezes familiares e amigos começam a não “acreditar” mais no indivíduo que sofre com esse problema. Isso causa uma sensação de desmoralização e até a autodepreciação, piorando o quadro.
Aliado a isso, o fato de não poder prever quando e onde haverá uma nova crise desencadeia uma ansiedade antecipatória, o “medo do medo”. Em um período de um a cinco anos o indivíduo apresenta mudanças de personalidade, como tensão constante, insegurança e tendência a se isolar cada vez mais.
Outras doença se associam à síndrome do pânico. A mais comum é a agorafobia, que se caracteriza pelo medo de estar em um lugar que dificulte receber ajuda. Pode surgir também a claustrofobia, de forma que a pessoa passa a evitar elevadores, túneis, congestionamento, metrô, locais fechados e onde haja aglomerações. Também é muito comum que a pessoa acometida pela síndrome deixe de sair sozinha, criando dependência dos familiares, ou simplesmente, não saia mais de casa.
Em geral, o indivíduo sofre mais com a agorafobia e o isolamento que ela induz do que com as crises de pânico. Tendo a qualidade de vida seriamente comprometida, ele acaba por entrar em depressão. E, não raro, na tentativa de se “automedicar” para aliviar a tensão, desenvolve o alcoolismo ou a dependência de outras drogas.
Buscando um tratamento
Devido à gravidade do quadro e apesar da dificuldade no diagnóstico, é muito importante procurar ajuda. Somente um médico pode descartar outras causas para as crises e o parecer de um psiquiatra será necessário para atestar a síndrome de pânico. Além disso, é preciso determinar quais as limitações que a doença acarretou para promover a melhora na qualidade de vida do paciente.
O tratamento mais comum alia medicação e terapia comportamental no período de seis meses a um ano. Na maioria dos casos, essas duas estratégias tem de ser utilizadas em conjunto, pois os medicamentos podem mascarar os sintomas, e suportar a terapia comportamental sem o auxílio de remédios é muito difícil.
Isso porque a terapia comportamental mais adotada é a aquela que expõe o indivíduo a situações que lhe provoquem o pânico. Essa exposição é feita de modo gradual e controlado para que o contato repetido com essa situação o “dessensibilize”. Porém, ao longo do processo, ocorre um intenso sofrimento psicológico que requer o suporte dos medicamentos.
Quanto à medicação, esta pode apresentar efeitos colaterais que incluem a piora das crises nas primeiras 48 horas, o que leva alguns pacientes a desistirem do tratamento no início. Outros desenvolvem dependência química, não podendo abandonar mais a medicação.
Apesar de essa ser a estratégia adotada pela maioria dos médicos, o prognóstico muitas vezes deixa a desejar. Mesmo completando o tratamento, em cerca de 80% dos casos há de chance de recidiva. A meta é simplesmente diminuir a intensidade e frequência das crises.
Tratando a síndrome do pânico com a hipnose
Um modo de ser submetido aos gatilhos de forma menos penosa para o tratamento da síndrome é por meio da hipnose. Por muito tempo, essa terapia foi desacreditada e cercada de mitos. Afinal, exposições de pessoas em situações ridículas que nada tem a ver com a hipnose de fato foram propagadas pela mídia por décadas. Esqueça isso!
A hipnose é uma técnica usada para tratar condições psíquicas como ansiedade, depressão e estresse pós-traumático. É reconhecida como valiosa prática médica pelo Conselho Federal de Medicina desde 1999.
Essa terapia induz o paciente ao transe por meio de estímulos externos como palavras, gestos ou uma música. O transe se trata de um estado de vigília em a atenção do paciente está focada em um único estímulo, porém este se encontra suficientemente relaxado para aceitar as sugestões propostas pelo terapeuta. Portanto, a pessoa está acordada e consciente.
O profissional que emprega essa técnica é o hipnoterapeuta, que deve ser alguém capacitado para isso além de ter um vínculo de confiança com o paciente. As sugestões feitas por ele terão como objetivo trazer a atenção para os comportamentos a serem modificados. Nenhuma sugestão será feita à pessoa durante o transe que não tenha sido previamente combinada com o terapeuta.
Na primeira fase da terapia, a meta será alcançar o relaxamento e a capacidade de atingir o subconsciente. O próximo objetivo da hipnose será auxiliar o paciente no autoconhecimento e na autorreflexão. Esses processos permitirão à pessoa descobrir a(s) causa(s) do seu problema.
O hipnoterapeuta também guiará o paciente na superação de suas fobias e na busca de como lidar melhor com as memórias e sensações negativas experimentadas nas crises da síndrome de pânico. Essas ferramentas permitirão ao indivíduo ter uma reação diferente aos gatilhos e voltar a ter o controle de si mesmo.
Ah, vale lembrar que a terapia com auxilio da Hipnose é conhecida como Terapia Super Breve, trazendo conforto e alivio imediato para muitos dos sintomas da síndrome do pânico.
Você já tem um diagnóstico de síndrome do pânico ou conhece alguém que tenha? Entre em contato conosco e descubra o quanto a hipnose pode ajudar a melhorar sua qualidade de vida!
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